Uma velha Senhora de nariz pequeno o identificou e se identificando muito com aquele ser assustado, estendeu-lhe as mãos oferecendo-lhe humildemente uma fruta bem exótica e nunca vista por ele antes. Parecia naquele instante que uma rede o envolvia e o embaraçava, como acontecia na maioria de seus relacionamentos inter-sociais , a ponto de ele querer comer a fruta loucamente na tentativa de fugir por meio de determinada distração, da cena desesperada de confraternização voluntária que ali ocorria.
Talvez a velha queria comprar sua amizade com a fruta, talvez a velha queria uma retribuição material pela fruta, talvez a velha queria envenena-lo com a fruta.. O fato é que enquanto comia, a fruta, seus pensamentos fragmentavam-se numa reação em cadeia gerada pela onda de choque resultante de uma explosão cósmica de idéias absurdas e obscuras que provocaram um total aumento da energia cinética que começava a decompor sua razão.
Infelizmente, não havia mais tempo para pensamentos, a fruta era na realidade uma nova arma bioquímica, a velha era a a ganância o egoísmo e a falsidade, representada por um líder corrupto de uma nação soberana e o pobre amedrontado que agora agonizava era a juventude, futuro da nação, despreparado, que acabara de virar passado!